I SEMINÁRIO POLAR INTERNACIONAL NA AMAZÔNIA:
O papel da pesquisa científica polar na motivação de jovens pesquisadores na Amazônia e o papel  do educador nesse diálogo

1 de Setembro de 2013

O estado atual do nosso planeta, as mudanças climáticas, o aquecimento global e a importância da preservação do meio ambiente são alguns dos assuntos mais discutidos pela mídia e nas escolas. Diversos programas de TV e artigos em jornais e revistas têm mostrado as transformações que vêm ocorrendo no mundo todo, especialmente nas regiões polares, devido ao aquecimento global.

Apesar de diversos estudos mostrarem que a temperatura do planeta está aumentando, e que essa mudança é, em parte, causada pela ação do homem, o aquecimento global ainda é considerado um tema controverso. Muitas ideias erradas ainda são passadas adiante e as regiões polares são, para muitos, apenas lugares distantes. 

Com o objetivo de uma reflexão sobre estes temas destaque no ambiente atual nasceu o sub-projeto: Amazônia vai ao Ártico e a Antártica um olhar do local para o Global, por meio da participação da Escola Maria Comandolli Lira e na Escola  Juscelino K. de Oliveira das atividades das Semanas Polares Internacionais da Associação de Pesquisadores Polares em Início de Carreira (APECS).

O evento de cunho internacional com aplicação local é norteado por dois objetivos: 1) levar os educandos a refletirem sobre o papel da Amazônia no equilíbrio ambiental integrado mundialmente e 2) aproximar os pesquisadores dos  sistemas de ensino público e privado, mostrando suas pesquisas e a relevância das mesmas, buscando assim despertar para uma nova postura ambiental.

Entre outros destaques, a experiência que nos levou a evidenciar ainda mais o papel da família e do educador  como destaque na formação do cidadão. O papel do cientista na formação do indivíduo, como provedor de informações que vão se transformar em conhecimento também ficou evidente durante os diálogos proporcionados pelo evento. Ao transmitir o seu conhecimento, o cientista cria base para novos conhecimentos. E a informação recebida da "fonte" pode ser mais precisa (e interessante) do que a encontrada na mídia. Além disso, a proposta da APECS-Brasil é fazer o cientista perceber a importância de devolver à sociedade o incentivo aplicado na sua pesquisa, por meio de palestras e outras atividades que permitam a divulgação do conhecimento. 

Sabemos que a falta de reconhecimento profissional para atividades de comunicação é um obstáculo e uma frustração para os educadores, bem como para os pesquisadores (SALMON et al., 2011). As avaliações de pesquisadores para obtenção de bolsas ou apoio para as pesquisas são feitas prioritariamente pela quantidadee qualidade de artigos publicados em revistas científicas revisadas por pares, especialmente as de maior fator de impacto (DAVIS, 2008). 

Vale lembrar que os professores e seus alunos se beneficiam do trabalho com cientistas, aumentando seu conhecimento científico. E, por outro lado, os cientistas aprendem a habilidade de comunicação e as "dicas" de ensino ao trabalharem com educadores (KAISER, 2010). Além disso, não podemos esquecer que o contato com pesquisadores de todas as áreas, neste caso com ênfase para os pesquisadores polares, pode servir de inspiração às futuras gerações. Neste contexto vale lembrar que a APECS-Brasil tem como principais objetivos colaborar para a formação dos futuros líderes em pesquisa e educação no país mostrando que é possível conciliar uma carreira cientifica de sucesso (com trabalho de campo/laboratório, publicação de artigos científicos, ida a conferências, entre outros) com atividades de difusão da ciência. A cada nova Semana Polar Internacional, vem crescendo o número de instituições educacionais que adotaram as Semanas Polares Internacionais, como momento necessário a reflexão ambiental mundial.

Objetivo Geral

Motivar professores, alunos e acadêmicos do Estado de Rondônia: Região da Zona da Mata,  a inserir no conteúdo escolar as reflexões sobre as consequências do impacto ambiental local no espaço mundial, com foco nas regiões polares, dando oportunidade à iniciação cientifica desde o ensino fundamental.

Objetivos específicos 

Considerar o meio ambiente em sua totalidade: em seus aspectos natural e modificado,  tecnológicos e sociais (econômico, político, histórico, cultural, técnico, moral e estético);

Examinar as principais questões ambientais do ponto de vista local, regional, nacional e internacional; concentrar-se nas questões ambientais atuais e naquelas que podem surgir, levando em conta uma perspectiva histórica;

Perceber-se integrante, dependente e agente transformador do ambiente, identificando seus elementos e as interações entre eles, contribuindo individual e coletivamente  para a melhoria do meio ambiente;

Utilizar as diferentes linguagens — verbal, matemática, gráfica, plástica e corporal — como meio para produzir, expressar e comunicar suas ideias, interpretar e usufruir das produções culturais, em contextos públicos e privados, atendendo a diferentes intenções e situações de comunicação;

Saber utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para adquirir e construir conhecimentos;

Observar e analisar fatos e situações do ponto de vista ambiental, de modo crítico, reconhecendo a necessidade e as oportunidades de atuar de modo reativo e prepositivo para garantir um meio ambiente saudável e a boa qualidade de vida;

Perceber, em diversos fenômenos naturais, encadeamentos e relações de causa-efeito que condicionam a vida no espaço (geográfico) e no tempo (histórico), utilizando essa percepção para posicionar-se criticamente diante das condições ambientais de seu meio;

Público alvo:

Alunos de ensino fundamental,  médio e acadêmicos do ensino superior
Professores da Rede Estadual,  Municipal e iniciativa privada da Zona da Mata
A comunidade em geral interessada na proposta